Algumas organizações assim batizadas eram fantasiosas, outras reais. A da Baviera foi gerada por Adam Weinshaupt, filósofo germânico, em 1776. Discípulo de jesuítas, ele contestava a estrutura da Igreja Católica e era adepto das idéias divulgadas pelo Maniqueísmo, doutrina instituída pelo persa Mani, na região onde atualmente se localiza o Irã. Esta vertente religiosa pregava a existência da dualidade, tudo se resumindo em um eterno confronto entre o bem e o mal, ou seja, entre o Criador e o Demônio, com o objetivo de conquistar a alma humana.
Weinshaupt passava a seus pupilos informações secretas da Igreja, e cultivava ideais considerados extremistas até pelos próprios maçons, embora alguns estudiosos afirmem ter ele se infiltrado na ordem maçônica. De qualquer forma este grupo cresceu e se estendeu pelo território alemão, atraindo a atenção dos governantes desta região, que passaram a persegui-los.
Muitas hipóteses sobre os Illuminati circulam até hoje, alimentando principalmente a mente de grupos que cultivam teorias conspiratórias. Segundo seus membros, esta organização tem ainda em nossos dias o objetivo de dominar clandestinamente as decisões que regem o mundo, constituindo uma imagem contemporânea dos antigos bávaros. Às vezes esta expressão é até mesmo traduzida como Nova Ordem Mundial.
Comumente agrupamentos que alegam possuir conhecimentos secretos, conhecidos como arcanos, ou escritos gnósticos, excluídos dos textos bíblicos, se apresentam como representantes dos Illuminati. Esta identidade foi igualmente adotada pelo grupo batizado como Brethren of the Free Spirit – Irmãos do Espírito Livre -, no século XIV.
No século posterior, outros místicos, que acreditavam vir a iluminação não de pontos externos, mas sim do interior do Homem, também se intitulavam como Illuminati. Para eles, a luz provinha da sabedoria emocional e espiritual da Humanidade, conseqüência natural de uma condição transformadora da consciência. Ultimamente esta organização foi resgatada das sombras pelo livro de Dan Brown, Anjos e Demônios, campeão de vendas, do qual foi realizada uma versão cinematográfica, dirigida por Ron Howard e protagonizada por Tom Hanks.
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